1. |
Tempo
09:06
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Contempla de perto o olhar vazio
Reflexo disforme, espelho da razão
Arranca a crosta dorida de mágoa
Ferida profunda, marca a solidão
O tempo não espera! Baixas os braços!
Desistir antes de começar!
A vida à espera! Pedras no caminho!
Cair é uma forma de andar!
Rosto torcido em figura mirrada
Tempo perdido que um dia foi vida
Grita com aquele que (lhe) nega a verdade
Quebra o vidro, separa os dois mundos
O tempo não espera! Baixas os braços!
Desistir antes de começar!
A vida à espera! Pedras no caminho!
Cair é uma forma de andar!
Cai!
Arrastam-se os dias, repetem-se os gestos
Acatam-se as ordens, enterra-se a alma
Acende o rastilho, ateia a revolta
Que queima no peito, que aperta as veias
Mergulha no caos, deixa o seu fogo... arder!
Vai arder!
Não há sossego esta noite...
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2. |
Limbo
06:38
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De olhos abertos
Corpo que desperta
Caminha no lodo
Mente em prisão
Mais um dia pela frente
Tormento que se repete
Novelo interminável
A ilusão de alcançar
De olhos fechados
Corpo que se entrega
Flutua na bruma
Mente que sonhou
Mais um dia pela frente
Tormento que se repete
Novelo interminável
A ilusão de alcançar
De noite acorda a vida
Alma de morto-vivo
O desejo à espreita
Antes de a luz se apagar
O que vais fazer antes de a luz se apagar?
O que vais fazer quando a tua luz se apagar?
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3. |
Alquimista
06:20
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Esmaga os ossos, que secam ao sol
Estende os lençóis da sua pele
... O Alquimista
Conserva os olhos em aquários de formol
Coalhos de sangue em garrafas
... O Alquimista
Vai tentar mais uma vez, a transformação
O que foi não volta a ser, um novo caminho
Não desiste de procurar
Peça por peça
De novo se constrói
Busca incessante
Sempre em mutação
Renasce das cinzas
(num) corpo diferente
O desafio de se reinventar
Molda a carne, barro da vida
desígnio do ser, processo de evolução
Membro por membro
corpo e mente
a cada dia muda uma parte de si
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4. |
Batalha
09:10
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Acordado, quebrado e dorido
Esmagado, seco e vazio
Rodeado (de) estranhos conhecidos
Apagado, círculo sem saída
Distante
Perdido
Ausente
Esquecido
Renuncia (a) tua carne
Despreza os sentidos
Esquece o desejo
Abraça o sofrimento
Dá mais um passo pra trás
Num ciclo interminável
Sem deus pra te dar a mão
O imperativo de mudar
O futuro começa agora
Lava a cara, purga a alma
O inconsciente a fervilhar
Abre os olhos. Este é o momento
Dá mais um passo pra trás
Neste ciclo interminável
Sem deus pra te dar a mão
O imperativo de mudar
Mudar! Lutar! Acordar!
Não! Não quero viver assim
Palavras que oiço não dizem nada
Feridas abertas custam a sarar
O teu corpo é um campo de batalha
Escuta o vento que chama por ti
São os gestos que vão ditar o rumo
Não! Não quero viver assim
Palavras que oiço não dizem nada
Feridas abertas custam a sarar
O teu corpo é um campo de batalha. Batalha!
Não! Não vou continuar assim
Escolho um novo rumo para mim
Feridas abertas também vão sarar
O meu corpo é um campo de batalha
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5. |
Abismo
10:38
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Vive do tempo emprestado
Entre a sorte e o destino
Segue de olhos vendados
A incerteza de amanhã
Ela está só, num quarto vazio
Decorou com memórias de ti
Negras se pintam as nuvens
(que) cobrem o seu horizonte
Não deixou, marcas de passagem
Se chorou, escondeu a cara
Ela quer sonhar!
Ela quer voar!
Ela quer sonhar!
Ela quer amar!
Olha os teus medos de frente, ainda não é hora de partir!
Grito no Abismo
Acolhe os teus demónios, eles também fazem parte de ti!
Grito no Abismo
Olha os teus medos de frente, chegou a hora de partir!
Grito no Abismo
Abraça os teus demónios, eles também fazem parte de ti!
Grito no Abismo
Grito no Abismo!
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